quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

O Ser e o Parecer Ser!

Sempre acreditei que aquelas pessoas que nós achamos realmente fabulosas a fazer seja o que for, desde professores, cientistas, corredores, apresentadores, atores, escritores, médicos, enfermeiros, advogados, arquitetos, políticos até, fossem realmente bons! Ou seja, que essas pessoas que todos achamos extraordinárias, o são de facto.
Mas quanto mais cresço, quanto mais envelheço, vejo que não. E atenção, não por culpa dessas pessoas que todos achamos fabulosas, não... A culpa é de toda a nossa sociedade onde mais importante que ser é parecer ser.
Ou seja, para sermos bons em alguma coisa, não temos realmente que ser (e no fundo até podemos ser), temos é que vender a nossa imagem aos outros que de facto somos bons. Tal e qual como os agentes de markting fazem para vender um qualquer produto, ou seja, temos que nos autopromover.
Nada disto teria qualquer problema, se a sociedade procurasse ser um pouco mais crítica em relação a toda a informação que lhe é exposta. Porque não passarmos a exigir ao parecer ser, provas de trabalho demonstrado?
Porque não... Simplesmente porque vivemos hoje na era do facilitismo (dá trabalho pedir provas, ou ir investigar seja o que for)... Simplesmente porque vivemos hoje na era em a que imagem é o mais importante de todos os critérios...
Isto trás consigo perigos atrozes, simplesmente porque corremos o risco de privilegiar um menos capaz só porque parece muito capaz, sobre outro com grande capacidade.
Está na altura de procuramos ver além da imagem (já para não dizer além do preconceito...) e procurar julgar para além do parecer ser, e principalmente procurar dar valor, ou pelo menos oportunidades aqueles que são, sem o parecerem ser...

Complicado, não?

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