quinta-feira, 6 de março de 2014

Carta a todos os portuguesas, com alguns recados para os nossos políticos!

Já que estamos numa moda de cartas, aqui vai a minha carta para todos aqueles que sendo portugueses, "vestimos a camisola", e olhamos mais para o geral do que para o nosso próprio umbigo, querendo assim o melhor para o nosso pais!
Agora que estamos praticamente a sair do programa de ajuda externa, discute-se a forma de saída...  Por um lado ouvem-se vozes internas e externas a pedir consenso político, por outro, ainda há uns "velhos do restelo" que nunca acreditaram que conseguíssemos chegar até aqui, e então vão gritando que ainda falta muita austeridade, e que apesar de tudo o que foi feito, ficaram por fazer as ditas reformas estruturais... Sendo duas formas diferentes de olhar para o problema, ambas tocam num ponto essencial, faltam de facto reformas estruturais, mas para que estas ocorram é necessário o tão falado consenso político! Sem isso nada feito!
Vivemos numa democracia, e embora eu tenha um certo pensamento político, que me faz votar sempre num mesmo partido, é óbvio que vamos sempre ter alternância de poder, entre os ditos dois partidos com maior representação parlamentar. E muito embora partidária, ainda bem que assim é, e principalmente que as caras vão mudando!
Estamos num momento de mudança, e eu acredito que a seguir a momentos duros, do gênero daqueles que passamos, surgem as melhores oportunidades de mudança... E esta tem que acontecer agora. A história portuguesa já nos ensinou que fomos vivendo em ciclos de crise e períodos de abundância. Mas chegou a hora de partirmos esses ciclos e vivermos com ponderação. Mas para que isto aconteça, são necessárias as reformas estruturais no Estado, no Conceito de Estado, e principalmente na relação do Estado com o cidadão. E toda a reforma, poderia começar com uma revisão da nossa Constituição, escrita numa altura pós-revolução.
Para que isto aconteça é necessário que todas as forças políticas se sentem , e invés de fazerem campanha política, tomem medidas, debatam e aproveitem o que cada uma tem de melhor. A crise governativa do último verão mostrou-nos isso mesmo, que é possível as pessoas entenderem-se e saírem mais fortes desse entendimento! Pena é que a nossa oposição se preocupe mais em vencer eleições do que propriamente  com o futuro do nosso pais!
Mas também é preciso, que os portugueses percebam o porquê destas medidas e reformas, e principalmente deixem de olhar para o próprio umbigo e compreendam estas medidas com a visão global necessária! E sim, é verdade, muitos dos frutos da mudança só serão colhidos pelas próximas gerações... Mas não temos nós a obrigação de trabalhar para elas?
Aguardemos para ver o que o futuro nos espera.

Sem comentários:

Enviar um comentário