domingo, 30 de março de 2014

No fim tudo se resume ao simples!

Passamos o tempo, o dia-a-dia, a tentar complicar, numa árdua tentativa da procura da resolução de um qualquer problema. Mas na realidade, a solução do problema reside exactamente no oposto, e na nossa simples e humilde capacidade de descomplicar.
Existem por exemplo, aqueles géneros de pessoas (atenção não me estou a referir a ninguém em particular, nomeadamente do mundo político), que têm uma predileção natural por fazer largos discursos, e em cada frase usam mais palavras complicadas, que o número total de palavras ditas! E qual  o objectivo? Quem ganha com isto? Ninguém! Simplesmente ninguém! Nem quem fala, nem quem ouve! Será para sempre um discurso que ficará perdido no tempo como um simples resoar de palavras complicadas, sem conteúdo, sem mensagem!
Os seres verdadeiros geniais são aqueles que tem a capacidade de expor de maneira simples o mais complexo dos assuntos! E os verdadeiros solucionadores de problemas, são todos aqueles que dissecando o enigma, o simplificam, e procuram uma resolução simples!
Porque no fim a vida é mesmo assim, simples! Tão simples como a garantia que o mundo gira e o mar todos os dias irá beijar a orla costeira!
Simplifiquemos então! Sempre, todos os dias e em todas as circunstâncias!





terça-feira, 25 de março de 2014

"Nunca é alto o preço a pagar pelo privilégio de pertencer a si mesmo." Nietzsche

"Nunca é alto o preço a pagar pelo privilégio de pertencer a si mesmo." Nietzsche


Tem-se falado muito em liberdade, no conceito da liberdade da nação, entre outros. E tudo isto a propósito do festejo dos  40 anos do 25 de Abril.
Já disse isto antes, sempre vivi em liberdade, nasci já alguns anos depois da revolução  dos cravos. É hoje inegável a liberdade que usufruímos, principalmente no que se refere à liberdade de opção, à liberdade que temos na tomada de decisões na nossa vida. Nesta nossa sociedade caótica esta liberdade atinge até, por vezes o errado conceito de libertinagem.
Mas eu questiono, seremos de facto assim uns seres tão livres?
Não, obviamente que não... Na liberdade das nossas escolhas, tomamos muitas vezes a decisão errada, simplesmente porque escolhemos aquilo que vai de encontro ao que o colectivo espera de nós, ao invés de ir a favor daquilo que nós realmente queremos escolher...
Porque o preço da liberdade de escolha, aquela liberdade que nos torna pertencentes apenas a nós mesmo, implica não ter medo de discordar, não ter medo de ser um num milhão, não ter medo de agir a favor daquilo em que acreditamos e não a favor da corrente! Implica não termos medo de sermos nós mesmos! 
Obviamente que tudo vem com um preço, mas a nossa máxima liberdade vale tudo aquilo que tenhamos que pagar por ela!

Fiquem bem!



domingo, 23 de março de 2014

O medo.... E o belo prazer de sair da nossa zona de conforto!

Digo sempre que sou uma pessoa forte e que no limite terei medo de muitas poucas coisas, ou em último, muito raramente deixei de fazer alguma coisa por ter receio de algo! Acreditava nisto piamente...
Até, que no último dia dedicado ao esqui, o medo toldou-me a mente e impediu-me de fazer o que até ali fiz tão bem! De facto, fiquei impressionada como esse sentimento tão forte, chamado medo, que nos consegue bloquear a mente e por sua vez dissocia-la do nosso corpo! Fiquei muito zangada comigo mesma, e então pus-me pensar... Serei eu de facto assim tão forte e tão resistente ao medo?
Olhando para o lado profissional, embora analisando sempre risco/benefício de cada escolha, nunca tive medo de sair da minha zona de conforto, de procurar novos desafios, de procurar ir mais além! E sim, houve sempre aquele frio que se sente, aquela incerteza sobre o que estamos fazer.... Mas esse sentimento,  próximo do medo, nunca me impediu de progredir, de avançar, de procurar mais....  E no fim, vale sempre a pena, porque só saindo dessa nossa zona de conforto é que conseguimos superarmo-nos a nós mesmo, e sentir aquela sensação descrita aproximadamente como um "milhão de borboletas a voar em turbilhão dentro do nosso estômago"!
Mas, e digo como alguma amargura, não posso dizer o mesmo da minha vida pessoal! Até agora, poderia criar mentalmente uma milhão de desculpas,  justificações e conceitos! O medo da incerteza, ou melhor o sentimento enganador do belo prazer da acomodação a uma qualquer situação e sensação, agarra-nos o corpo, e tolda-nos a mente! E assim vamos caminhando amorfos agarrados a situações que muitas vezes não são o que mais nos realiza, o que mais queremos, e principalmente o que mais nos faz feliz! 
Mas infelizmente o tempo não para! É possível partirmos o relógio, pararmos o tempo, e ficarmos à espera de oportunidades.... O relógio até pode estar parado, mas o tempo gira, gira sempre... 
Recentemente saí fora da minha zona de conforto relativamente à minha vida pessoal! Fi-lo num momento de alguma irracionalidade, sem pensar e sempre com a sensação do "frio da barriga" relativamente ao futuro, mas sem nunca ter a mente toldada por essa sensação de medo, e sempre muito feliz! 
Agora resta esperar pelo próximo ano, para sair da minha zona de conforto no esqui!


quinta-feira, 6 de março de 2014

Carta a todos os portuguesas, com alguns recados para os nossos políticos!

Já que estamos numa moda de cartas, aqui vai a minha carta para todos aqueles que sendo portugueses, "vestimos a camisola", e olhamos mais para o geral do que para o nosso próprio umbigo, querendo assim o melhor para o nosso pais!
Agora que estamos praticamente a sair do programa de ajuda externa, discute-se a forma de saída...  Por um lado ouvem-se vozes internas e externas a pedir consenso político, por outro, ainda há uns "velhos do restelo" que nunca acreditaram que conseguíssemos chegar até aqui, e então vão gritando que ainda falta muita austeridade, e que apesar de tudo o que foi feito, ficaram por fazer as ditas reformas estruturais... Sendo duas formas diferentes de olhar para o problema, ambas tocam num ponto essencial, faltam de facto reformas estruturais, mas para que estas ocorram é necessário o tão falado consenso político! Sem isso nada feito!
Vivemos numa democracia, e embora eu tenha um certo pensamento político, que me faz votar sempre num mesmo partido, é óbvio que vamos sempre ter alternância de poder, entre os ditos dois partidos com maior representação parlamentar. E muito embora partidária, ainda bem que assim é, e principalmente que as caras vão mudando!
Estamos num momento de mudança, e eu acredito que a seguir a momentos duros, do gênero daqueles que passamos, surgem as melhores oportunidades de mudança... E esta tem que acontecer agora. A história portuguesa já nos ensinou que fomos vivendo em ciclos de crise e períodos de abundância. Mas chegou a hora de partirmos esses ciclos e vivermos com ponderação. Mas para que isto aconteça, são necessárias as reformas estruturais no Estado, no Conceito de Estado, e principalmente na relação do Estado com o cidadão. E toda a reforma, poderia começar com uma revisão da nossa Constituição, escrita numa altura pós-revolução.
Para que isto aconteça é necessário que todas as forças políticas se sentem , e invés de fazerem campanha política, tomem medidas, debatam e aproveitem o que cada uma tem de melhor. A crise governativa do último verão mostrou-nos isso mesmo, que é possível as pessoas entenderem-se e saírem mais fortes desse entendimento! Pena é que a nossa oposição se preocupe mais em vencer eleições do que propriamente  com o futuro do nosso pais!
Mas também é preciso, que os portugueses percebam o porquê destas medidas e reformas, e principalmente deixem de olhar para o próprio umbigo e compreendam estas medidas com a visão global necessária! E sim, é verdade, muitos dos frutos da mudança só serão colhidos pelas próximas gerações... Mas não temos nós a obrigação de trabalhar para elas?
Aguardemos para ver o que o futuro nos espera.