quinta-feira, 29 de maio de 2014

"E as 25 mulheres mais poderosas do mundo são...."

Que a revista Forbes gosta de fazer listas "dos mais..." relativamente a praticamente tudo, não é novidade para ninguém... E também não deverá espantar ninguém que Angela Merckel seja eleita mais uma vez a mulher mais poderosa do mundo, pois amando-se ou odiando-se a Senhora, a verdade é que ela esteve presente na tomada de decisão de políticas que marcaram o panorama internacional dos últimos tempos!
Mas o que inevitavelmente me consome as "entranhas" é o último parágrafo do artigo publicado no Jornal "Público" sobre a dita lista, que passo a citar, "De acordo com a Forbes, cerca de 5% das empresas têm mulheres no cargo de presidentes executivas e pelo menos catorze ocupam actualmente o cargo de chefes de Estado. ".
Estou longe de ser feminista. Mas acredito acima de tudo no direito à igualdade, nomeadamente no direito à igualdade de oportunidades, independentemente do género! A individualidade natural e bela que existe no ser mulher e no ser homem, não pode ser apanágio de diferentes oportunidades, simplesmente justificadas com a diferença no género.
Acredito na naturalidade com que  identificamos as diferenças individuais entre o género feminino e o género masculino.  Mas também quero ver essa naturalidade aplicada a quando da tomada de opções e escolhas. E que estas sejam baseadas na qualidade inerente a cada indivíduo, independentemente do seu género.
Simplesmente por isto, sou contra as ditas "cotas" e me recuso a festejar o dito "dia da mulher"...
Já caminhamos muito no sentido da igualdade de oportunidades, pelo menos no dito mundo ocidental moderno e desenvolvido. Mas ainda aguardo pacientemente pelo dia em que estes números se igualem, e que finalmente deixe de ser noticia o facto de uma mulher ser chefe de estado ou CEO.
Ai o longo caminho que ainda temos para andar......